"NOSSA TERRA - NOSSO MAR"
O mar da minha terra
Afinal é água benta
E não salgada e alimenta
Almas de poetas que vão à serra
As águas que banham minha cidade
Escorrem do céu como a luz do sol
E apenas almas atraídas pelo girassol
São molhadas para alcançar felicidade
Até os rios da minha cidade
Transportam bênçãos para todos
Então, cá ninguém é inerte e todos
São estrelas que cintilam sem vaidade
As acácias d’aqui são ornamentos
Do altar celestial
E exibem um vermelho tão bestial
Que pintam nossos rostos de sentimentos
Às noites na minha cidade há vozes
mesmo ignoradas, cantam sem parar
Há poetas que amam sem reclamar
Nos musseques há sentimentos ferozes...
Benguela, 12/05/2015.