Sol

Fico á janela enquanto a noite desce.

Vivo iludida!

Ah! Quem me dera ter

sempre a tua ternura em meu peito

À hora triste do entardecer.

há tantas coisas,

que não dizes e eu sei!

Leio-as quando passeio

meus olhos pelos teus.

Tudo é espontâneo

e ao mesmo tempo doloroso

quando amamos.

Gosto de ti!

Não sei porquê?

Apetece-me abraçar-te.

Por dentro

tens o sorriso mais sincero.

És de uma beleza inexplicável

pelas diferentes lentes

com que me obrigaste a olhar a vida.

Todo o tempo que passamos

foi muito pouco

e custa-me dizer-te adeus,

Ficam as recordações

a vaguear pela noite,

embriagando-me de abismos

em que me enleio completamente.

Ao raiar da aurora

vejo o sol a caminhar,

vem acariciar a minha face macia

e dá-me asas

que me levam a sobrevoar os céus.

irradiando sons,

de ternuras infindáveis...

Isa Castro
Enviado por Isa Castro em 11/06/2007
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