EMPROADA E ARROGANTE
Emproada, com teu ar arrogante,
Passaste por mim, tão indiferente,
Olhar fechado e sério semblante,
Fiquei magoado e de ti temente.
Estás diferente daquela tal mulher
Que eu amei nos velhos tempos,
Em que vivíamos um para o outro,
Obcecados com bons momentos.
Sinto-me um primitivo desta vida,
Desaprendi tudo o que eu sabia,
Hoje além de ignorante, não sou
Nada, a minha vida assim piorou.
Teu desprezo por mim foi motivo
Para eu me sentir por ti ofendido,
Deixei-me vencer pelo mau fado
Ao me abandonar em orfandade.
Continuas emproada, arrogante,
Nunca mais foste a minha amiga
E minha namorada, vida antiga,
Que passou a quarto minguante.
Ruy Serrano - 06.04.2015