Oco temporal

Toda criação

antecede

um momento de vazio

um oco temporal

É o silêncio dos versos

O repouso criativo

É oportuno sair a caça

de novas palavras

E esperar o tempo

de brotar novos versos

de ouvir as rimas da natureza

Deixar as palavras dançarem

Escritas no papel

depois

com um certo pesar

aparar os excessos

E deixar revelar-se

Só a dança dos versos

menos distantes

da perfeição...

Obs: Poema depois de assistir uma entrevista com Manoel de Barros no documentário LÍNGUA DE BRINCAR - MANOEL DE BARROS.

Wiara Barreto
Enviado por Wiara Barreto em 22/03/2015
Reeditado em 30/03/2015
Código do texto: T5179153
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