Metal Motorizado (Na Rua Que Era Avenida)

Lá na grande rua que era avenida
Dobrava o itinerário e motorizado
Que por todos nós era sustentado
Lá na grande rua que era avenida!

Os quebra-molas eram arrebatados...
Os horários, quase sempre atrasados
Lá, os opostos se encaravam lado a lado!
O pão e o leite, que no porvir seria comprado...

E o menininho pequeno alimentado!
E as contas atrasadas todas pagas...
Lá na grande rua! Que era avenida
Operava o badalado metal motorizado

Enchia-se todo o santo dia
Vinha tão cheio de gente
Que nem cabia
Parava... Alguém descia. E lá
No outro dia, vinha de novo
O frequente locomover do metal motorizado!
Ele, que por todos nós era sustentado
Janelas abertas! Nem sequer um vento gelado...
Multiplicidade ao quadrado!
Um troco para trocar, e para se sentar, um trocado...
Para o metal motorizado continuar pingado

Pois sempre lhe existirão passageiros necessitados...
Ainda mais lá, naquela grande rua que era avenida
Passava aquela dissensão sobre as rodas
Que o homem, visando lucrar e evoluir, havia inventado...
Holofote Cerebral
Enviado por Holofote Cerebral em 20/03/2015
Reeditado em 29/04/2015
Código do texto: T5177095
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