ROSAS DE UM POBRE

Ofereço-te estas rosas,

As mais lindas, mais cheirosas,

As que eu pude encontrar...

As tirei de um jardim,

Que se ofereceu a mim,

Eu não as pude comprar.

Mas valeu a intenção,

Pois partiu do coração,

A vontade de te dar...

Vamos ver se noutro ano,

O mundo seja mais humano,

Rosas não te irão faltar.

Este ano foi tão fraco,

O mundo ficou opaco,

Mas tende a se clarear...

Vou dar tudo que puder,

Para ver-te mulher,

Repleta de bem-estar.

Com base na teoria de que toda mulher se satisfaz quando recebe uma ou mais rosas e não perdoa quando é esquecida. As rosas certamente murcharão com poucos dias e a mágoa por não tê-las recebido custa mais a se dissipar. Assim escrevi os versinhos acima.