Minhas mulheres
É... Eu amo uma mulher que me fascina,
Por sua força, sua garra, sua sina,
Sua voz forte no sorriso de menina.
E amo uma mulher que me namora,
Fita-me os olhos se minha lucidez demora.
E repreende minha insensatez na hora.
Com suas razões que à minha razão se destina.
Mulata forte do sorriso estridente,
Chora suas dores pelo olhar displicente.
Amo-a! Por uma vida inocente.
E a senhora subjugada ao destino
Que sorri, ainda um riso feminino,
Amo-a! Mesmo quando desatino.
Tem aquela, que tantos filhos, acolheu!
Abrigou em seu íntimo, reviveu!
Amo-a! Mais que tudo que é só meu.
E a professora que eu tanto copiei,
Antes de mestra, a primeira que amei.
Amo-a! Um amor que ofertei.
E a vovozinha que já nem me ouve mais,
Que hoje o pouco, é tão pouco o que a apraz.
Amo-a! É esse amor, sem mas!
Amo uma mulher que tão distante,
Ainda me aperta o peito, flagelante.
Amo-a! A cada vivido instante.
Amo a Jéssica, a Neiva, a Ivete, a Priscila,
A Maria, a Marcia, a Tamires...
A Carla, a Karina e a “Maria” Aldinéia,
Todas que são “Joana”,”Olga” ou “Almélia”.
Amo-as! Apenas por serem elas!