Majestosa flor
Exalava um perfume
percebido de longe,
digno de uma rosa.
Era de uma simetria ímpar,
um caminhar flutuante,
por demais formosa.
E suas palavras... Ah, doces.
Doces como o néctar,
de repercussão estrondosa.
Pois lá vinha ela
caminhando donzela:
Lá vem a moça, cheirosa.
E seus fios corados,
rubros, alaranjados
como as bochechas, vigorosa.
Misturando-se ao vento,
jogando os cabelos, sedento
daquela poesia em prosa.
Por fora um amor,
simpatia e pudor.
Olhar fatal. Misteriosa.
Assim era Flor,
que fazia jus ao nome.
Mulher. Maravilhosa.