Prazer
( Para todos aqueles que sentem esse prazer )
Escrever o passado é chorar demais para mim
Contar numa metade de folha branca
Uma história estranha
Que começa pelo fim
Prefiro deitar na sala a noite
Imaginar uma janela aberta
E quatro pernas debaixo da coberta
Sendo duas lisas, num coito de açoite
Escrever é um ato sexual
Minha mente sabe cada linha do prazer
Minhas mãos tocam o seu gemer
Faz de uma noite vazia , algo surreal
E nem sempre eu sei escrever
É quando o olhar da as cartas
Mostra o novo jogo e suas regras
E eu leio cada linha para aprender
A arte de conhecer
Tudo que os outros sabem demais
Apenas acham que sabem , ademais
A maioria nem sente esse prazer
E escreve apenas, porque sabe que alguém vai ler.