LEMBRANÇAS – PARTE II
(Homenagem a SPO)
Lembro-me daquela ruazinha,
Brincadeiras de meninas,
O bairro de Campinas,
As festas de arraial.
Lembro das noites no Serve Bem,
E das musicas que um dia tocou.
“Meu amor entenda a festa começou”...
Da janela dava pra ver a sede lotada,
E a historia de muitos ela embalou.
A praça mirante era boa pra namorar,
Lá do alto podia ver o barco passar,
Um pulo no Gaiola ao som de James e Sabá.
Se a festa acabasse começava no Nosso Bar.
Era assim a vida por lá,
Tinha os festivais e não sei se ainda vão voltar,
O festival do Beju, e o da Canção todos iam apreciar,
Enfrente a escola Nossa Senhora da Assunção
A festa ia até o sol raiar.
A melhor educação também se tinha lá,
Tinha o Monsenhor Evangelista,
Essa escola minha vida marcou,
Assim que cheguei da aldeia,
minha avó me matriculou.
Tinha uma diretora,
Que sem doutorado é doutora,
Ensinava com carinho e com ela eu conheci,
A senhora poesia pela escrita da tia Sueli.
E nas barbas brancas dele me criei,
No convento das freiras eu morei,
No despertar do progresso eu observei,
Que Dom Adalberto era um pai e nunca duvidei.
Do seu amor pela nossa SPO,
De alma jovem nos ajudava,
Fazia planos de empreendedor,
Pelo povo da cidade trabalha com fervor.
Mas pela minha vida também passou,
Dom Alcimar que me ajudou a cultivar,
A semente da fé e do valor,
Foi da igreja um bom semeador.
Ah! A minha primeira escola, o Monsenhor?
Esse o progresso levou!
Dela ficou a lembrança,
Que o tempo em mim não apagou!