MEU PAI.
Meu pai era homem manso simples e corajoso e sempre bem vindo
no seu chegar
Ele não conhecia bem as apalavras mais era abastado no conhecimento
as palavras gostavam dele, ele era sempre fazia do riso um regalo para os amigos.
Dormia bem e acordava cantando, gostava de ser visto pelas pedras pelos bois e entendia bem o sotaque do seu chão.
Assinava o nome com afinco desenhando palavra por palavra com fartura de perseverança.
Se adaptava a realidade e fazia do seu passado uma história recente.
Gostava de comer feijão com farinha molho de carne e pimenta, tinha uma dieta econômica
Era aparelhado para o trabalho tinha nele uma coragem de nascença.
No inverno ele acordava cedo, me deixava dormir aninhado num pijama de lã, num canto quente da cama onde o frio respeitava o menino do pai.
No verão eu gostava de acordar cedo e ir com ele para feira, lá era o quintal do mundo todo mundo falava ao mesmo tempo gritava ao mesmo tempo e vendia ao mesmo tempo.
O meu pai era homem de feira!
Meu pai acredita em DEUS, e dizia que DEUS era bom o tempo todo que havia muitas maneiras de falar de DEUS mais só as escrituras eram verdadeiras.
Meu pai gostava de músicas, havia muitos discos em casa havia música nele.
Um dia meu pai juntou um balaio de caroços de mangas e me chamou para planta-los com ele em um chão de areia cavadas no agreste.
Meu pai era homem de plantar, de ver vingar o fruto, olhar o flor do umbuzeiro e colher a espiga generosa do roçado.
Meu pai foi um lavrador de tudo quanto pode foi dele o arado,a foice e o machado vestiu roupa de algodão e tocou sanfona ate o fim.
No meu pai ainda acho palavras.
Ainda acho cobertas para o frio.
Eu escrevo pra ele pelas mãos da saudade
E hoje depois de dias e noites ele voltou em mim trazendo um berço pequenino com cantigas antigas, mais antes que eu durma...
Sua benção meu pai!