A quem interessar possa
Informo
A quem interessar possa
Ser eu
A desprezível mãe
Desnaturada
Um momento só
E eterno
De atenção e cuidados
Tem de mim meu rebento
Assim que nasce
Contemplo-o
Admiro-o
Amo-o até
Logo depois
E sem derramar nenhuma lágrima
Embrulho-o em algum lençol
De boa ou má qualidade
Dependendo do se-me-dão
E o largo
Em qualquer Ponto de Fuga
Ká Ten Dy Tuddo
Pra fazerem
Com ele
O que quiserem
Se o notarem:
Contemplá-lo
Admirá-lo
Amá-lo
Ou, ignorando-o,
Matá-lo até
“Vai-te, poema”
Digo eu aliviada
“Não te fiz
Pra mim”