Máquina de escrever
Imagino quantas cartas, quantos poemas de amor,
Quantos momentos narrados, quantos manifestos criados,
Imagino os personagens, que sorriram, choraram, brincaram e sentiram,
Imagino os gritos traduzidos em palavras, as histórias mal contadas e os versos, que de tão livres, criaram asas e se perderam no tempo,
Imagino quantas palavras de ódio, de remorso e de perdão essas teclas já gravaram,
Imagino os contos, poemas e ,quem sabe, apenas receitas de pão,
Não importa o que dizem, a magia são as palavras,
Imagino as letras de música, talvez de alguém apaixonado, talvez de alguém revoltado, talvez de um simples alguém, que não se preocupou em ficar famoso, as palavras lhe bastavam.
Imagino que talvez nada do que disse jamais tenha acontecido, mas se não existiu, não importa, eu acabo de inventar.
-Um pouco de Alícia.