ESTE POEMA É PARA VOCÊ
Não foi alguém que me disse:
Ela é dona de uma beleza explêndida!
Tem um certo ar de meiguice...
E o seu sangue, e as suas veias, são cálidas!
Fui eu mesmo quem percebeu:
Pelo jeito, pelo olhar... ela é ótima!
E linda como a virgem dos lábios de mel.
Será que será minha amiga íntima?
Ao vê-la fico bêbado, babando, trêmulo...
Quando toco o seu corpo sólido,
Surge em mim uma pequena dúvida:
O seu beijo? Será realmente tórrido?
Tórrido, cálido, íntimo, úmido...
Não importa! Eu seria o seu súdito.
E antítese. Também o seu sândalo.
E ela, comigo, ficaria em débito.
Faríamos um passeio pelo pacífico,
Índico, e até mesmo pelo atlântico.
À bordo de um transatlântico...
Quem sabe não iríamos até o ártico?
E eu escreveria mais algumas páginas.
Mas prefiro ficar com ela, em dívida.
Assim, aqui não é o fim, o limite, o término.
E este poema é para você...