ESTE POEMA É PARA VOCÊ

Não foi alguém que me disse:

Ela é dona de uma beleza explêndida!

Tem um certo ar de meiguice...

E o seu sangue, e as suas veias, são cálidas!

Fui eu mesmo quem percebeu:

Pelo jeito, pelo olhar... ela é ótima!

E linda como a virgem dos lábios de mel.

Será que será minha amiga íntima?

Ao vê-la fico bêbado, babando, trêmulo...

Quando toco o seu corpo sólido,

Surge em mim uma pequena dúvida:

O seu beijo? Será realmente tórrido?

Tórrido, cálido, íntimo, úmido...

Não importa! Eu seria o seu súdito.

E antítese. Também o seu sândalo.

E ela, comigo, ficaria em débito.

Faríamos um passeio pelo pacífico,

Índico, e até mesmo pelo atlântico.

À bordo de um transatlântico...

Quem sabe não iríamos até o ártico?

E eu escreveria mais algumas páginas.

Mas prefiro ficar com ela, em dívida.

Assim, aqui não é o fim, o limite, o término.

E este poema é para você...

Marcos Aurélio Mendes
Enviado por Marcos Aurélio Mendes em 24/05/2007
Código do texto: T499049