KAIRA


O ventre germinou o fruto
fruta macia
não se preocupa com a algaravia
ao redor
alheia não se alia
à desordem de emoções pré-fixadas

houve choro e risada
e silêncio...

Não veio do bico da cegonha
veio das entranhas
da mais pura inocência
para perpetuar a espécie
espalhar e gene de seus ancestrais...


Chegou para ficar
amar e ser amada.
É assim que a vida segue
na chegada
do fruto do ventre
na ágora de agora

Que mistérios tem Kaira...

J Estanislau Filho



Kaira, descendente de Junya Paula, poeta e amiga.
Imagem: jef