PARACURU
Diz-se lagarto do mar
Mar de cascalho
Ou seria rio?
Sabe-se lá!
Cá os espanhóis aportaram
Aqui os índios tremembés lutaram
Daqui as aves de arribação arribaram.
A primeira aldeia a duna engoliu
Assim a cidade surgiu
Na beira do oceano
Crescendo ano a ano.
Em Paracuru
Até uma pedra rachada é bela
Tem pedra do meio
Tem pedra no mar.
Só aqui tem vapor encalhado
Pau enfincado, mar que se quebra
Poço com boca e praia com buraco.
Paracuruense veleja à vela
Controla o vento e a maré
Comanda jangada na madrugada.
O remédio do povo tá na praça
Reza a missa, pede a pizza
Um pedaço, uma fatia, uma banda
A tocar no fim da tarde
O ronco do mar é música para os ouvidos
O futebol a jogar, a bola a rolar
Os jovens a namorar
E no cair da noite, os zumbidos.
O pôr do sol, um espetáculo
A duna só o admira
E o homem lá em cima
Observa, olha e mira.
Paracuru é sol, é mar
É areia, é praia, é estar
Na vontade de vir e voltar.
E indo e vindo e rindo
Este poeta vos fala
Que lindo!
Homenagem à cidade de Paracuru no Ceará.