PARACURU

Diz-se lagarto do mar

Mar de cascalho

Ou seria rio?

Sabe-se lá!

Cá os espanhóis aportaram

Aqui os índios tremembés lutaram

Daqui as aves de arribação arribaram.

A primeira aldeia a duna engoliu

Assim a cidade surgiu

Na beira do oceano

Crescendo ano a ano.

Em Paracuru

Até uma pedra rachada é bela

Tem pedra do meio

Tem pedra no mar.

Só aqui tem vapor encalhado

Pau enfincado, mar que se quebra

Poço com boca e praia com buraco.

Paracuruense veleja à vela

Controla o vento e a maré

Comanda jangada na madrugada.

O remédio do povo tá na praça

Reza a missa, pede a pizza

Um pedaço, uma fatia, uma banda

A tocar no fim da tarde

O ronco do mar é música para os ouvidos

O futebol a jogar, a bola a rolar

Os jovens a namorar

E no cair da noite, os zumbidos.

O pôr do sol, um espetáculo

A duna só o admira

E o homem lá em cima

Observa, olha e mira.

Paracuru é sol, é mar

É areia, é praia, é estar

Na vontade de vir e voltar.

E indo e vindo e rindo

Este poeta vos fala

Que lindo!

Homenagem à cidade de Paracuru no Ceará.

Adriel Alves
Enviado por Adriel Alves em 04/09/2014
Reeditado em 26/01/2015
Código do texto: T4949532
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