Você... Impossível!

Depois de vários anos sem nos vermos...

Cerca de uns 10 anos

se não me engano...

Acredito que a ultima vez que nos vimos

foi quando tu estavas a ir para o Bingo

onde trabalhava.

Por acaso pegastes o mesmo ônibus que eu.

Sentastes ao lado meu.

Eu sempre pegava aquela condução

naquele horário...

Não sabia que tu trabalhavas tão perto de mim

e tampouco à noite!

Não gostei da ideia de saber

que estavas a trabalhar à noite.

Porém, não estranhei pela tua origem...

Família batalhadora.

A viagem foi mais curta do que a de costume.

Tínhamos muito o que falar...

Aliás, era sem assim

quando começávamos a falar

não tinha hora determinada pra parar...

A menos que a ligação caísse

ou aparecesse algo pra evitar...

Mas, não sei porquê

a viagem não durou muito

não falamos muito...

Por quê?

Ao descer...

O meu coração já se encheu de saudades!

Que maldade!

Mais uma vez no escuro...

Embora tivesse o sentimento

que tinha por ti

jamais arriscaria estragar o seu futuro.

Nossas conversas foram escasseando...

O tempo foi passando

E, eu fui percebendo

que estávamos nos distanciando...

Que eu, de repente estava a ser

um tormento, sei lá...

Era a impressão que eu tinha.

Sempre que ligava você não podia atender...

As nossas conversas passaram a não mais acontecer.

Sentia que estavas a te perder!

Mas como te perder, se nunca a tive?

[... de volta à realidade]...

Isso jamais poderia acontecer...

Mesmo que tu me amasses como a amava.

Perdemos contato.

O único que me restava era o da sua casa...

Mas não queria ligar...

Liguei!

A sua mãe atende de novo...

Perguntei por você

ela me responde que tu havias saído com o noivo.

Senti que aquela resposta era pra eu nunca mais ligar...

Nunca mais procurar por ti.

Foi o que fiz!

Nunca mais a procurei...

De repente numa rede social

eu a encontro...

Linda como sempre.

Parece que o tempo não passou pra você...

Talvez a rejuvenesceu mais ainda!

Vi as suas fotos com ele (seu noivo).

Mas já se passaram alguns anos...

Sei lá!

Não me interessa...

Um belo dia estou sentado

numa cadeira de balanço

Não me recordo quem estava do meu lado

só sei que a sua mãe era uma dessas pessoas...

Tu me abraças...

Me beijas...

Aquele beijo que me deixou sem respiração...

Tentei mover as mãos

mas tu as segurastes...

Me imobilizou...

Me deixastes sem ação...

Ouvi muito longe a tua mãe balbuciar algo do tipo:

Filha! E o teu noivo?

Tu se fizestes de rogada...

Me beijou com saudades...

Fui beijado sufocando a saudades...

Que pena!

Acordei!

O gosto do teu beijo em mim ficou...

A lembrança do teu abraço

como sempre me abraçastes

foi o que restou...

Wando de Oliveira
Enviado por Wando de Oliveira em 02/09/2014
Código do texto: T4947358
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