MEU VIOLÃO
Qual sentinela em seu posto
Em eterna prontidão,
Ainda que vivo e retesado,
Permanece intocado
O meu velho violão.
No círculo da boca,
Na voz triste e rouca
Das cordas esmaecidas,
Lembranças de uma vida louca
E de noites mal dormidas.
Parceiro de minhas canções,
E de minhas mágoas confidente,
Não sabes violão como teus sons
Acalmam a alma da gente.