A DESPEDIDA
ELA E EU
No ambiente em que os lábios cederam aos encantos de olhares apaixonados
Numa noite nem quente nem fria, de temperatura amena e agradável
Propensa a amarem-se, e de fato estavam, taças brindavam mais um encontro
E antes de degustar aquele cabernet suavignon,olhou- a nos olhos...
Naquele instante acreditou ele estar diante de sua alma gêmea
Não incomodou-se em ser taxado como louco diante da precocidade dos fatos
O importante era ela, e ela estava ali de fato,
presente e cedendo a força de um sentimento legitimo
Magoas passadas refletiam em forma de bloqueios naquele rosto meigo
que não se permitia sorrir por inteiro
Que dirá a loucura do devaneio de amar de forma louca e desmedida
como outrora talvez jamais houvesse vivido na vida
Fitavam-se buscando melhor conhecerem-se mas ele disso não precisava,
Acreditava piamente estar diante da sua amada
Uma mulher que exuberava forças vitais, dentre inúmeras admiráveis características
Que o trazia numa naturalidade única de volta as paixões vividas somente na adolescência
Onde acreditava ser pra sempre, e nunca haver sentido algo assim
Suspirava enquanto pensava: - ela não imagina o quanto a quero só pra mim...
Era o seu devaneio,
Onde sua amada sorria sob um pedestal, como uma relíquia de cristal de valor imensurável
Cuidar dela e por ela ser cuidado era único objetivo
Os dias tornavam se sem graça e só a contagem regressiva gerava-lhe feliz ansiedade
pois era quando sentia estar perto o fim da angustia causado pela distancia
e o aniquilar da dor proferida pela saudade
era somente sensibilidade aflorada
sentia o ouvir dos sinos expressos em canções que traziam os anjos para perto,
pensava entre idéias malucas de cunho futurista...
se tudo isso for sonho que jamais anjo bom algum ouse me acordar,
por que anjo mau passaria o mesmo a conceituar
Felicidade ininterrupta era a emoção de quando deitados nos braços um do outro
ficavam em paz...
Era o circular de uma energia única de poder indescritível
o ingrediente mór do seu bem estar, uma condição que apenas desejava tornar plena
E que tentativas pequenas de entraves, por eles já haviam sido estrategiadas os bloqueios
Estarem juntos era só o que importava de fato,
sentia medo, sentia a presença dos maus olhos
A inveja circulava como demônios sedentos por indução a destruição de elos harmoniosos
Centrados e felizes o entrelaçar das mãos profetizava o selar do encaixe perfeito
Entre taças de vinhos regadas a risos de felicidade faziam emanar tamanha energia
Capaz de envolve-los num circulo de preservação intocável
Caminhavam sem saber o destino presente, mas focados numa visão futura
A de um horizonte futuro que já visualizavam e traçavam a construção
Modelando-o quotidianamente rumo a velo tomar formas reais,
formas fincadas em bases solidas, inaptas a sopros de lobos como nos três porquinhos,
sabiam que estariam talvez ate em dado momento fragilizados, porem nunca sozinhos
Corações que se interligavam, mãos que se entrelaçavam,
olhos que se buscavam, bocas que se permitiam,
era de fato um encontro de almas...
Paz!
Obanixé Kaô Kabiecilê
Motumbá adupé Olorum
Sergio Carvalho
Sócio CEO
Afroparceiros produções culturais
Um novo lema em cultura negra.