Naquele momento o poeta sentiu vontade de parar.
 
Provando a dor da traição, notou o desânimo dominar.
As cores eram frias, pesadas, sem qualquer brilho.
 
Ele tentou dormir.
Logo pesadelos o visitaram na madrugada tão inquieta.
De manhã, exausto, não foi possível conter o pranto.
O poeta precisou chorar.
 
Os versos se esconderam, os pássaros não apareceram, o dia indicava nuvens densas, provavelmente uma tempestade surgiria.
E as lágrimas caíram, caíram, caíram...
 
De repente aconteceu o incrível milagre.
Um anjo desceu dos Céus nessa hora amarga.
 
Quase sem conseguir falar, o poeta exclamou:
_ Ah, Fernanda! Você veio! Que bom!
 
Os dois se abraçaram.
O poeta deitou a cabeça no colo afetuoso da jovem irmã, filha e amiga, a alma mais deslumbrante do planeta.
 
Ela veio! Que bom!
Desapareceu toda a aflição.
 
Ah! Fernanda veio! Permitiu Deus que o alento retornasse, a esperança renascesse e o sonho fosse lindo, alcançando as estrelas...
 
Fernanda, formosa menina, o canto que seduz tanto nos quatro cantos, a meiga voz das palavras apaixonantes, o sorriso o qual irradia máxima alegria...
 
Ela veio!
 
Obrigado, Fernanda!
 
Eu pretendia ter uma rosa fascinante e dar
Almejava ser o Sol iluminando teus passos, a sorte
Brilhando enquanto vem a ternura bastante saudar
Leve, suave, a delicadeza cativando com laços fortes
 
Chorando, menina, procuro muito algum ramo bonito
Estando longe, saberás o quanto te amo até o infinito
 
A paz completa impedirá a maior aflição do Universo
É capaz o poeta, mereces a melhor inspiração de um verso
 
Fazes a dor afastar como se nada ousasse incomodar mais
Apenas noto encantar, talvez não cessasse inundar demais
Agora posso a felicidade sentir, o viajante caminha, querida
Implora a saudade para repetir um instante, és a minha vida
Ilmar
Enviado por Ilmar em 22/08/2014
Reeditado em 22/08/2014
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