O OLHAR QUE JAMAIS SERÁ ESQUECIDO
Já não há mais curvas para derrapar.
Para sair de si, para sair de cena.
Nem muros: burros, duros, assassinos...
Que não se possa derrubar.
Já não há mais voltas de apresentação,
Aquecimento...nem o balé nas pistas.
Agora nos olhos, há apenas o correr das lágrimas.
E Um desejo incontido de chorar.
Já não há mais o roncar do motor
Nem o bater do coração:
Apressado, descompassado...
Pronto para, junto com ele, acelerar.
Já não há mais a emoção no grito
Do “Bueno” amigo que antes se ouviu.
Mas existe a certeza de que o ar e o tom
Continuam sendo a cena mais linda do Brasil.
Nas mágicas manhãs, tardes, madrugadas...
O vento que soprou – e foi sentido!
Estrela que agora brilha no céu.
A lágrima que não deu para conter...
O momento de introspecção, oração...
O olhar que jamais será esquecido!