Ana e Flávia

A pena se enternece
com a ingênua beleza
da poesia de antes.

Enternece-me a saudade
e revejo as meninas que
já cantei em versos:
Ana, das mil noites;
Flávia da antiga Roma.

E deixo viajar nesse rio,
a saudade do tempo
em que tudo se chamava
ternura.

De novo os caracóis que acariciei,
fazem-se os longos fios louros
que sugerem a vida a passar,
no glorioso movimento
em que tudo é um só momento

Para Ana e Flavia Vilella Anderson, minhas estrelas.