Amigo de espinho

O porco-espinho evita gente

Muito mais do que é evitado

Com seu temperamento quente

O coração sempre apertado

Mistura, com fios de treva

Mágoa, culpa, dor e leva

Como um escudo improvisado

Até o amigo, intrometido

Chegar sem fazer ruído

Juntar, de guarda baixa

Com uma metade que encaixa

O coração do irmão perdido.

Agradeço a Deus por esses amigos que vem quando a gente precisa.

Agradeço também pelos que não vem.

Não posso esquecer, é claro, daqueles que sempre vinham, mas que não virão mais, por força maior, que dói demais.

Gabriel Aquino
Enviado por Gabriel Aquino em 11/08/2014
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