IRECÊ, RIQUEZA DO MEU SERTÃO
Falar do meu sertão
É simplesmente voltar ao tempo
É relembrar com grande emoção
Um período de contentamento.
As chuvas eram constantes
Tudo se produzia com fartura
Plantavam-se culturas abundantes
Sem se preocupar com a vida dura.
A diversidade era imensa
Produzia-se milho, mamona e principalmente feijão.
Estávamos nos holofotes da imprensa
Fazendo parte da nação.
Irecê por sua grandeza,
Tornou-se um importante pioneiro
Reconhecida por sua riqueza
Valorizada no país inteiro.
Aquele pedacinho de chão
Com cheiro de terra molhada
Destacou-se como poucos na região
Era muita área plantada.
Ficamos famosos por um reconhecimento
Capital do feijão por natureza
Exportávamos com grande merecimento
Essa era a nossa maior proeza.
Tudo aqui se plantava tudo dava.
Éramos um celeiro de produtividade
A natureza parece que nos acatava
Produzia-se muito em cada cidade.
Canarana, Barro Alto, Lapão,
Eram cidades de destaques
Sem falar das outras com emoção
Que contribuíam para a nossa diversidade.
Por um longo período de tempo
Irecê passou a ser reconhecida
Como uma cidade de extremo desenvolvimento
Destacando-se como uma produtora concorrida.
Porém, de uns tempos para cá
Tudo mudou de repente
A cidade parou de se destacar
E a fama ficou só na mente.
Tudo isso aconteceu
Pela extrema falta de chuva
Todo o gado morreu
De quem será que foi a culpa?
O homem com sua avareza
Fez o que não se podia fazer
Destruiu toda a natureza
E o sertão passou a sofrer.
Esperamos que em dias após
Possamos ser reconhecidos novamente
E que Deus, tenha piedade de nós
Para voltarmos a crescer fielmente.
Lucimário Xavier