IRECÊ, RIQUEZA DO MEU SERTÃO

Falar do meu sertão

É simplesmente voltar ao tempo

É relembrar com grande emoção

Um período de contentamento.

As chuvas eram constantes

Tudo se produzia com fartura

Plantavam-se culturas abundantes

Sem se preocupar com a vida dura.

A diversidade era imensa

Produzia-se milho, mamona e principalmente feijão.

Estávamos nos holofotes da imprensa

Fazendo parte da nação.

Irecê por sua grandeza,

Tornou-se um importante pioneiro

Reconhecida por sua riqueza

Valorizada no país inteiro.

Aquele pedacinho de chão

Com cheiro de terra molhada

Destacou-se como poucos na região

Era muita área plantada.

Ficamos famosos por um reconhecimento

Capital do feijão por natureza

Exportávamos com grande merecimento

Essa era a nossa maior proeza.

Tudo aqui se plantava tudo dava.

Éramos um celeiro de produtividade

A natureza parece que nos acatava

Produzia-se muito em cada cidade.

Canarana, Barro Alto, Lapão,

Eram cidades de destaques

Sem falar das outras com emoção

Que contribuíam para a nossa diversidade.

Por um longo período de tempo

Irecê passou a ser reconhecida

Como uma cidade de extremo desenvolvimento

Destacando-se como uma produtora concorrida.

Porém, de uns tempos para cá

Tudo mudou de repente

A cidade parou de se destacar

E a fama ficou só na mente.

Tudo isso aconteceu

Pela extrema falta de chuva

Todo o gado morreu

De quem será que foi a culpa?

O homem com sua avareza

Fez o que não se podia fazer

Destruiu toda a natureza

E o sertão passou a sofrer.

Esperamos que em dias após

Possamos ser reconhecidos novamente

E que Deus, tenha piedade de nós

Para voltarmos a crescer fielmente.

Lucimário Xavier

Lucimário Xavier
Enviado por Lucimário Xavier em 07/08/2014
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