Ode ao vaso vazio.
Debruçado no parapeito
Tudo via enquanto crescia.
Te vi chorando só,
em boas e más companhias.
Foram xícaras de café
e tantos maços de cigarro...
Tantas músicas, filmes,
tristezas e alegrias.
Que nem vi o tempo passar
distraído com a garoa,
encolhido com o frio que fazia...
Quando dei por mim era hora
de rumar pro norte e atravessar a baía.
Foi bom o calor do teu verão
mas essa pele que aquece,
bem essa, não é mais minha.