Mulher Mosaico
Para Michel Serpa,
uma segunda poesia
a partir de sua poesia “A Lágrima”
Ao som do Russo Renato
Lá vem ela querendo espaço
Na folha branca sem pauta
Livre, leve e solta
Como se dançasse à flauta.
Delicadamente, pousa a poesia
Como borboleta colorida
Brilhante e cristalina.
É para ele que vem
Para dizer-lhe: parabéns!
Por tantos versos
Que em seu peito não ficam presos
E vão além.
“A lágrima” rolou
não se conteve e completou
o ciclo de sua vida
chegando à sua morte
renascida, em outra vida
agora, mais forte.
Quem ficou com ele?
Quem ele quis?
Quem ele não quis?
Quem o quis e ele não “kiss”?
Quem ele deseja?
O que ele deseja?
Mulher mosaico...
Muitas em uma:
Uma que o faça perder-se:
Jéssika...
Mas que o faça encontrar-se:
Silvana...
E que ainda não o aborreça:
Silvia...
E... e... e... a da doce arte profana?
Uma que reúna
Caracteres anteriores
E ainda, como Patrícia
Faça-o esquecer
Sofrimentos de amores.
Mas e Rosana e Priscila?
Também entram neste mosaico
Onde “correr” e “desejar”
Estão nas mesmas milhas.
Aqui, no “IV” d’A lágrima
Ele não é nada prosaico
O verso se entrega
De corpo e alma
À ela, a bela:
Amanda...
Não que seja este o seu nome
Mas é que “Amanda”
Diz-se “daquela que é amada”.
“Será só imaginação?
Será que nada vai acontecer?
Será que é tudo isso em vão?”
“E onde o vento me levar
vou abrir meu coração
poder ser que no caminho
num atalho, num sorriso
aconteça uma paixão”.
E assim, segue ele:
Serpa Andrade
Com seu livro da vida,
Das flores,
Do destino,
Dos dias,
Dos amores.
11/04/2007 - 20h35min
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