Abacate

Abacate

Quebrando o silêncio da madrugada,

A colher trabalha agitada

A cozinha iluminada,

Ela acorda, mesmo cansada,

Sem dormir a noite toda

Com sua saúde prejudicada...

Era um medo de nunca ser lembrada...

Ela não imaginava

Que o abacate não era nada

Mas ao mesmo tempo

Dizia tudo...

Nessa música enrolada,

Com a fruta machucada...

Ela produzia sons que desenhavam

Para a eternidade...

O amor em forma de colherada.

Marcelo de Oliveira Souza

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Maria Lydia de Oliveira Souza