Ao poeta Lívio Barreto (Lucas Bizarro)
Versos em homenagem aos componentes da padaria espiritual, movimento literário cearense do século XIX,
Com Moacir Jurema
Descreveu mais de um poema
Esse vate genial
O nosso Lívio Barreto
Esmerou-se no soneto
Como intelectual
Esse poeta granjence
Como vate cearense
Teve um tétrico destino
Gênio que ninguém derriba
Companheiro de Tubiba
E também de Frivolino
Com vinte e cinco de idade
Essa genialidade
Deixara o mundo ruim
Seu trabalho vale ouro
Com Policarpo Estouro
E Sarasate Mirim
Versejava com magia
Do forno da padaria
Brotou seu livro "Dolentes"
Com velho Bento Pesqueiro
Esse famoso padeiro
Fizera versos virentes
Com Félix Guanabarino
Esse bardo genuíno
Versou com todo desgarro
Essa figura famosa
Junto a Lopo de Mendoza
Tornou-se Lucas Bizarro
Nesse belo sodalício
Nosso poeta patrício
Sofreu tremenda pobreza
Escravo do volutabro
Mas com seu verso macabro
Bateu na classe burguesa
No rastro de Antonio Sales
Aprendeu cantar seus males
O vate decadentista
A morte, monstro homicida
Bem cedo tirara a vida
Desse grande simbolista.