Ao poeta Lívio Barreto (Lucas Bizarro)

Versos em homenagem aos componentes da padaria espiritual, movimento literário cearense do século XIX,

Com Moacir Jurema

Descreveu mais de um poema

Esse vate genial

O nosso Lívio Barreto

Esmerou-se no soneto

Como intelectual

Esse poeta granjence

Como vate cearense

Teve um tétrico destino

Gênio que ninguém derriba

Companheiro de Tubiba

E também de Frivolino

Com vinte e cinco de idade

Essa genialidade

Deixara o mundo ruim

Seu trabalho vale ouro

Com Policarpo Estouro

E Sarasate Mirim

Versejava com magia

Do forno da padaria

Brotou seu livro "Dolentes"

Com velho Bento Pesqueiro

Esse famoso padeiro

Fizera versos virentes

Com Félix Guanabarino

Esse bardo genuíno

Versou com todo desgarro

Essa figura famosa

Junto a Lopo de Mendoza

Tornou-se Lucas Bizarro

Nesse belo sodalício

Nosso poeta patrício

Sofreu tremenda pobreza

Escravo do volutabro

Mas com seu verso macabro

Bateu na classe burguesa

No rastro de Antonio Sales

Aprendeu cantar seus males

O vate decadentista

A morte, monstro homicida

Bem cedo tirara a vida

Desse grande simbolista.

Poeta Agostinho
Enviado por Poeta Agostinho em 08/07/2014
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