Pelo poema que és

tentei dizer de ti o ébano que voa sobre os travesseiros

de tuas mãos duas asas se oferecendo pra voar-me

tentei dizer dos teus olhos verde-cana adoçando mar

e mais do teu andar, plumas tranquilizando-me o olhar.

quis dizer-te no raiar da aurora, tua voz macia, senhora

fazendo ponte de tua boca ao outro lado do oceano

e do teu colo, o território pra tuas crias saberem da fonte

e do teu canto, toque de brisa a enxugar os prantos

quis dizer-te em poucas ou muitas linhas

do alvorecer às varandas de muitas tardes

nos tapetes, nas leituras sob teus olhos flor em mocidade

quis dizer das sombras do pomar

fértil aos cuidados de tuas mãos

(ainda) agora

quis escrever de ti um poema, que para

meus olhos te sentirem sempre perto

mas, palavras não superam tua presença e teu sorriso...

minha mãe, meu apoio, minha estância, meu abrigo

MarySSantos
Enviado por MarySSantos em 28/05/2014
Código do texto: T4823381
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