O ônibus passou (tolo daquele que não desceu).

O ônibus passou e a vontade foi de descer

E parar na frente do teu portão

Mesmo sem saber o teu número

Vontade de estar ali mesmo sem muito entender

Apenas aguardando um passo

De um acaso todo armado

Pensando em que desculpa eu daria

Quando você me visse ali

Pensei em te dizer qualquer besteira:

Elefantes invisíveis

amarrados em minhas mãos, me trouxeram

Ou, que belo é esse verde do teu portão

Juro que está tudo bem

Tirando a vontade de repetir teu beijo

Sorvendo-o feito um sorvete

De um canto ao outro de tua boca

Acabei por ficar nessa de pensar

E imaginar, todas essas besteiras

Enquanto o ônibus passou

Eu não desci e com ele fui, cheio de saudade.

Max Olivete
Enviado por Max Olivete em 01/05/2014
Código do texto: T4789585
Classificação de conteúdo: seguro
Copyright © 2014. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.