ACE

I

Num ar de uma casa secular

Vi e senti o relógio da História

Poetas e poetisas a conversar

Resíduos de passado na oratória.

II

Móveis de uma casa feito museu

Estava eu lá a admirar

Como um caleidoscópio a formular

Que aquela casa é palco meu.

III

Outrora refletido em nova aurora

Minha voz a cambalear

A vespertina hora no falar

Feroz num enobrecer a aurora.

IV

Casa Juvenal de Carvalho, serás meu templo

Minha religião, meu museu, meu casamento

Na voz o tom, na palavra a poesia meu fermento

No meu viver serás meu firmamento.

Eliene Magalhães
Enviado por Eliene Magalhães em 30/03/2014
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