Enfim encontrei, um artista também

Encontrei uma menino muito solitário,

Brincando em um campo comunitário;

Cheguei de mansinho e perguntei,

Porque ele chora eu não sei;

Ele me respondeu, será que não tenho direito,

Será que é preconceito;

Eu respondi, tem direito de chorar,

Alias mal algum faz lágrimas derramar;

Porque não tenta se acalmar,

Para ver o luar;

Ele respondeu que essa noite não é bela,

Mais parece uma favela;

Ele começou a perder a vergonha,

E me respondeu como alguém que sonha;

A noite é bela,

Como as luzes e faixas amarelas,

Que brilha na luz de uma estrela cadente,

Que vem de repente, como se fosse gente;

Eu o respondi nossa que lindo tudo isso que me disseste,

Você é um mestre ou tem alguma coisa que te entristece;

Eu perguntei a ele desculpe, nem perguntei o seu nome,

Será que é um lindo nome, ou um codinome que lhe consome;

Ele respondeu eu sou o artista da rima,

Porque! Não combina;

Eu disse a ele que, se é isso que você é,

Tem que mostrar como é que é;

Se rimar tem que ser uma coisa bem rimada,

Não conto de fada,

Ele me disse, eu sei que rimar,

Não é como nadar;

Eu o respondi isso mesmo, poesia não vem da noite para o dia,

Tem que ter sabedoria.

03-05-2007

Bruna Amparado
Enviado por Bruna Amparado em 03/05/2007
Código do texto: T473909
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