Ao dia de nossa mulheres
És a rosa de cabelos longos e a metáfora que traduz amor.
És o traço que traduz perfeição e o fulgor eternizado pelas mãos criadoras de Deus.
És o perfume da madrugada e o canto da revoada de olhos noturnos.
És a tempestade de olhos blindados, que traz a chuva, e em seguida a calmaria.
És mata virgem sem pudor, colheita branda de esplendor e alegria do lavrador.
És a crença que dá a fé aos homens e o céu que todos querem morar.
És o brilho que aliena a escuridão e a antítese que traduz a paz.
És a manhã que traz o dia e a noite que abriga a lua.
És a presença forte, que mesmo em silêncio alucina uma alma sem vida.
És o canto do pardal, o voo da andorinha, o burburinho da cigarra e a consolação dos querubins.
És o certo livre de correções, e o erro delicado repleto de perdão.
És o suspiro rasteiro de um ser sufocado e o desejo ardente daqueles que querem viver.
És a deusa de vestes brancas, que cobre o mundo de paz, dando sabor ao orvalho.
És a dama de passos certos e andar sutil.
És a primavera e o verão. A beleza pura da estação. És o raio do eterno, a folha solta do outono e o frescor do triste inverno.
És diretriz para os perdidos e perdição para quem se encontra. Representas o óbvio e inspira as razoes de um tênue mistério.
És o sentimento sublime, que colore o amor, sintetiza a paixão e faz arder o coração.
És o corante do céu, o bater do mar e o calor do sol. Sem ti, oh dama, só haveria trevas.
És a palma do aplauso, mensageira do universo e o caminho que leva o homem ao sucesso.
És a valsa, que incendeia, a luz sensível da candeia. Grito intenso no abismo, instinto selvagem dos perdidos.