Quem é você Mulher?
Quem é você?
São tantos nomes
Tantos olhares e sabores
Quem é você?
Que abrasa minhas noites de frio
Molha minha boca seca
Faz-me perder o rumo desta poesia
Quem é você?
Que complica minha rotina
(Mas quem disse que quero facilidade?)
Complexidade em curvas de carne e pele
Quem é você?
São tantas pernas
Tantos glúteos pluriformes... que “aí meu Deus!”
Quem é você?
Em seus seios volto a ser criança
Minha língua baila
Quem é você?
São tantos perfumes
Tantas malícias e manias
Ah, suas chaturinhas me fazem arrancar os cabelos
Mas é irritante viver sem você
Ah, sua voz entoa imponente e me escraviza... canto de sereia
Sou seu pássaro, ó minha gaiola de porta aberta
Ah, esses seus cabelos
Longos, curtos, pretos, loiros, lisos, crespos...
Não importa, me enrosco, me perco nessa mata capilar
Me acorrento no seu jeito de caminhar
Quem é você?
Minha antagonia
Contradição... contrassubtração
Quem é você?
Não importa
Minha oração, meu pecado, minha salvação, minha sorte, minha morte...
Quem é você?
Não quero saber
Apenas exista pra me fazer acontecer