Mulher “cão"
És a mulher “cão”
de um mundo não.
Vida atribulada, consumida
repetidamente humilhada.
Desde que foste parida...
Alguém se encarrega de ti:
De ser teu dono
De te amar à sua maneira
De atirar-te ao abandono
De arranjar-te coleira.
Mulher!
Larga o “cão” que há em ti
Solta a raiva que te verga
As amarras que te prendem.
Ergue-te! Sorri
“ladra” ao mundo a tua dignidade
O teu querer…
Busca a tua liberdade.
Sê dona de ti!
Lucibei@poems
Lúcia Ribeiro
In “Muita Poesia e Pouca Prosa”