CANÇÃO EM LÁ MAIOR
Dó Ré Mi Fá Sol Lá Si
não tivesse ido o último irmão
seríamos um time de Sete...
Que Deus assim o preserve
e aqui na Terra nos conserve
Meia dúzia e cada qual com seu desassossego
a cantar como era desde o quintal de Zé Serêjo
'ventou ventou ventou... cai manga!'
Cantoria e briga de casa que encantava
quando todo mundo se arrumava aos domingos e subia a rampa
As notas todas
segundo Pai e Mãe
são necessárias no feito composição
Quando preferem uma, dá ciúme, desarmonia
Confusão...
Dó Ré Mi Fá Sol Lá Si
desunidas perderiam a melodia
e o reconhecimento hoje e do mesmo modo
como era no tempo de nossa ancestral
Idonéa
a Mãe de nosso Mendonça que
Nossa Senhora nos deu de herança
Avô. Pai mais de uma vez sem altivez
Perdeu a mãe cedo mas ainda a percebo
pelo fato de existir retrato perfeito:
Idó
Que por onde anda não deixa ninguém só
Tem medo de escuro e defunto e amor de avó
Nem na cozinha cozinha sozinha
Mas vale a pena o tempero da fogoiosinha
Idó
a Bimbo Bimbolha de Titio Zé Pereira
Quem te deu aquela dourada Monareta!
‘O resto’ dos olhos grandes nada ganharam
Mas pelo coração gigante da Dona,
a Bicicletinha esmerilaram
e ainda fazíamos Gagá se jogar na areia quente
quando na garupa não montava
Dedeia
Do tempo que dava aula pra mim
e para os cacos de tijolo e telha
sobre a qual andávamos feito pedal
Do tempo que a merenda era Chibé
e que se ia ao Jabaroca e Apuí a Pé
Do tempo de apanhar vassoura só pra atravessar o rio
na Canoa de Manel Machado, um homem de coração lindo
como são Maria Cachoeira e Mariinha que nos levavam
Do tempo do cursinho Aprovação
e da Criarte quando aprendi a decorar com balão
Do tempo da UDI e quando surgiu um grande Amor pra ti
Dó Ré Mi Fá Sol Lá Si
não fosse a presença de Idó
estaríamos discutindo qual de nós seria o melhor
Este Dom incrível
Lá
em casa é possível
Idonéa,
A Eleita
Nossa irmã mais perfeita
Idó
Vai do Dó ao Si
não gostasse de Jatobá, seria melhor
Ainda
bem que adora nossa amazônica Abricó
Idó
Uma irmã pra ser cantada em Lá Maior...