NÃO SOU CASTIÇA SOU FADISTA

Ofereço este poema para um fado que a fadista Maria Ana Bobone poderá eventualmente cantar, com a sua magnífica voz.

Eu sou a Maria Ana Bobone, sou fadista,

Canto o fado com o meu sentimento,

Não me acho nunca castiça,

Disso não me lamento.

Canto o fado com sentimento, sou fadista,

O fado é o que eu sinto com verdade,

A sua letra é feita de saudade,

É muito realista.

Canto o fado, com alma, não sou castiça,

Gosto de me ouvir ao som das guitarras,

Deixo-me levar pelos poemas

Com lindas rimas.

Canto o fado para deliciar os meus ouvintes,

Escolho os melhores fados e poemas,

Que são os meus emblemas,

Com bonitos timbres.

Canto nas casas de fadistas, noite dentro,

Gosto que me ouçam e me aplaudam,

O fado é o meu sustento,

As guitarras choram.

Quero cantar o fado o resto da minha vida,

Não me interessa ser ou não aplaudida,

Canto por gosto e vocação,

E também por devoção.

Sou e serei a Maria Ana Bobone, uma fadista

Que ama o fado como seu companheiro,

Nem que o sucesso de mim desista,

É o meu amigo verdadeiro.

Ruy Serrano, 10.01.2014

Ruy Serrano
Enviado por Ruy Serrano em 28/01/2014
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