Mel
A pele, mel.
Cabelos, em mel.
Sorriso aberto, doce feito mel...
Vontade de morder; Pão de mel.
Sublinhar num cenário de Havana esmaece a paisagem,
Tons de mel açucarados, melosos, “melissosos”.
Pede passagem, segue viagem,
Pelas chuvas veias da sorte,
Deixa pingar a primeira tormenta de maio sobre as costas descortinadas,
Umedece a tez, dá de beber.
Mel.
Pelos trilhos dos teus favos, trilha a excursão do desejo,
Agora, cá/lá em setembro, chove intensamente, docemente,
Toda esta chuva a limpar a rua; ficará nua como o banho em ti,
Mistura doce, fina, de monumentos viajantes,
Barrocos, Neoclássicos...Melosos.
E na viagem dos devaneios, sóis e serenos,
Nada em ti se move...
Além dos sentidos e as rodas do pensamento.