Mel

A pele, mel.

Cabelos, em mel.

Sorriso aberto, doce feito mel...

Vontade de morder; Pão de mel.

Sublinhar num cenário de Havana esmaece a paisagem,

Tons de mel açucarados, melosos, “melissosos”.

Pede passagem, segue viagem,

Pelas chuvas veias da sorte,

Deixa pingar a primeira tormenta de maio sobre as costas descortinadas,

Umedece a tez, dá de beber.

Mel.

Pelos trilhos dos teus favos, trilha a excursão do desejo,

Agora, cá/lá em setembro, chove intensamente, docemente,

Toda esta chuva a limpar a rua; ficará nua como o banho em ti,

Mistura doce, fina, de monumentos viajantes,

Barrocos, Neoclássicos...Melosos.

E na viagem dos devaneios, sóis e serenos,

Nada em ti se move...

Além dos sentidos e as rodas do pensamento.

Demétrio Peixoto
Enviado por Demétrio Peixoto em 18/01/2014
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