Sorrindo te encontro à deriva.
Estava aqui todo feliz
Com o desenho que fiz teu
Ia te traçar toda em sanguínea
Preferi um nanquim de ponta fina
Suas lentes escureceram
Mas teus cachos ficaram de um negro tão lindo
A pena contornou um lábio e outro formando um sorriso
Desses seus são sempre muito bem vindos
Faço rimas de uma foto tua
Enquanto traça e pinta minha poesia
É um neoconcretismo tão concreto
Que vou de Serra Malte e você de caipirinha
Que bom é se perder, andar sem relógio,
Só passe protetor solar que é pra não queimar
Ficar sem remo, à deriva
Pra semana eu chego, cheio de boas novas pra te contar.