Fatalidade
Precoce fui nas artes
Cedo fui aos braços da morte.
Em tarde de verão apreciei o crepúsculo do mar.
Lágrimas de sangue escorriam de minha face,
Pois, meu coração se retorcia de saudades
De minha musa.
Oh! Não maldigam, se dou adeus, aos meus sonhos.
Pois, o desânimo apoderou-se de minha
Lira dos vinte anos.
Em meu sonho ví-me como um
Cavaleiro das armas escuras,
Que no corcel se debruças no dorso...
De um dorso veio minha desgraça
Em devaneios de agonia imaginava:
"Se eu morresse amanhã
esta dor teria fim?"
E no momento derradeiro,
Onde deste mundo o espírito se esvaí,
Exclamei:
"Que fatalidade, meu pai!"
"Em homenagem á Álvares de Azevedo"