CORPO-MANÁ

Minha amada, amada há vinte e tantos anos, me beija com fogo.

Fogo que não me consome, mas que me devora.

Devora com a intensidade do amor.

Amor sem igual. Amor voluptuoso.

Volúpia que me rejuvenesce, que me aquece.

Aquece meu corpo descontrolado, insaciado.

Insaciado de desejo.

Desejo de expelir o meu amor em suas entranhas.

Entranhas particulares, só minhas.

Ela toda é minha. Minha da cabeça aos pés.

Pés que me inclino e entrego-lhe todo meu ser.

Minha amada, amada há vinte e tantos anos, me abraça com força.

Força dos seus braços. Força de suas pernas. Força de todo o seu corpo.

Corpo que me enlouquece e desenlouquece.

Corpo-maná de todas as minhas manhãs e de todas as minha noites.

Curvas deslizantes, onde me perco e desapareço.

Não há mais o eu. Só há o ela. Só há o minha.

(Este poema é dedicado a minha querida esposa. Esposa que me ama há vinte e três anos, Ester Barreto)

Manoel Barreto
Enviado por Manoel Barreto em 20/12/2013
Código do texto: T4619383
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