CORPO-MANÁ
Minha amada, amada há vinte e tantos anos, me beija com fogo.
Fogo que não me consome, mas que me devora.
Devora com a intensidade do amor.
Amor sem igual. Amor voluptuoso.
Volúpia que me rejuvenesce, que me aquece.
Aquece meu corpo descontrolado, insaciado.
Insaciado de desejo.
Desejo de expelir o meu amor em suas entranhas.
Entranhas particulares, só minhas.
Ela toda é minha. Minha da cabeça aos pés.
Pés que me inclino e entrego-lhe todo meu ser.
Minha amada, amada há vinte e tantos anos, me abraça com força.
Força dos seus braços. Força de suas pernas. Força de todo o seu corpo.
Corpo que me enlouquece e desenlouquece.
Corpo-maná de todas as minhas manhãs e de todas as minha noites.
Curvas deslizantes, onde me perco e desapareço.
Não há mais o eu. Só há o ela. Só há o minha.
(Este poema é dedicado a minha querida esposa. Esposa que me ama há vinte e três anos, Ester Barreto)