Filosofando a analista
Em plena convalescença,
bebo a sangria de teus versos,
satisfaço a minha volúpia na recompensa,
subsidiada por teu afeto.
Cultivo suas premissas devotadamente,
envaidecido por tua inteligência,
admito a prerrogativa de conhece-la,
em corpo, alma e mente.
Aceito sua observação analítica,
sua maneira ditosa de interagir
sobre minha passividade sistemática,
objetivando não me ferir.
Ouso, premeditando suas ações,
absorvendo sua dialética usual,
manifestando minhas razões;
sempre de forma natural.
Pela retumbância de suas palavras,
assimilo a psique de teu engenho
e se no divã o medo ainda trava,
eis a vitória por teu árduo empenho.
Por tua metodologia freudiana,
torno-me sabiamente reconhecido.
Sou a luz que a vida emana,
no teu coração estremecido.