Dunas tuas.
Essas dunas
Pelas quais passeio
São suas,
São de uma ateia fina
Que me serra os olhos
E faz com que eu me esconda
Em suas cavernas
Onde hora me perco
E muitas vezes me acho
Noites quentes nesse litoral
Mas consigo ver
Mesmo que na escuridão
Te tateio pra te fazer minha
Seja dócil, seja menina
Não precisa ser pra sempre
Nem por alguns dias
Vamos fingir por essa noite
Não é preciso de mas nada
A sede se sasseia na saliva.