Ao Mestre Nílton Santos, com carinho
Com a bola nos pés
nunca conheceu revés
na ginga, de viés
sempre foi o melhor dos pelés
Saía jogando
no sururu da grande área
como se estivesse compondo
no piano, uma ária
De seus pés as jogadas
já nasciam clássicas
eram mais que mágicas
eram cantos às amadas
Jogando na zaga
nunca foi de ficar
esperando o outro time atacar
saía gingando à bailar
Com a camisa alvinegra
sempre foi campeão
em General Severiano
Ou no Maracanã
Com a seleção brasileira
foi bi campeão
Na Suécia e no Chile
mostrou-se um zangão
Nílton, são Nílton
A Enciclopédia do Futebol
os estádios, tão tristes
Não se encantarão mais
Tua ginga, teu porte
teu peito tão forte
teus pés de alabastro
teu fôlego tão vasto
Nos gramados do infinito
Caminhas agora São NÍlton
entre múltiplas estrelas
a tabelar com Garrincha
Paulo Luna