À minha madona...

Uma postura majestosa... Quão eloqüente!

Padece assim, a hóstia hirta,

Que nutre um quê de esplendor!

E no olvidar de movimentos soturnos

Fulguras como afrescos sistinos...

No santuário que a vi erguida,

Inerte, a mim, tens o vivo fugaz!

Dolente... O que fazes em cima?

Eu, roto, me observa... Um tolo!

Que chama há em minha prece?

Madona, olhai para mim...

Ladeada em lírios, perde-se nos vitrais

Calência... Que há em meus olhos?

Brando a língua em teu nome...

Palpita o coração ao seu toque...

Tenra a alma à sua contemplação...

Acaso, tendes a me possuir?

Revido acima às nuvens...

Verte a mim uma pequena luz.

Pretendes, no instante, partir?

Oh, lhe observo o cair...

Não fostes, outrora, aos céus?

Oh, sim? Linda percebi...

Nasce-me como a uma esperança

Repousas em meus braços como a um querubim...

Nota: Acho uma infâmia o assassinato do trema!!!

Uso-o constantemente em meus escritos... assim como outras variações e palavras que surgem somente em poesias românticas...

Raphael Ruthven
Enviado por Raphael Ruthven em 02/10/2013
Código do texto: T4507832
Classificação de conteúdo: seguro
Copyright © 2013. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.