À minha madona...
Uma postura majestosa... Quão eloqüente!
Padece assim, a hóstia hirta,
Que nutre um quê de esplendor!
E no olvidar de movimentos soturnos
Fulguras como afrescos sistinos...
No santuário que a vi erguida,
Inerte, a mim, tens o vivo fugaz!
Dolente... O que fazes em cima?
Eu, roto, me observa... Um tolo!
Que chama há em minha prece?
Madona, olhai para mim...
Ladeada em lírios, perde-se nos vitrais
Calência... Que há em meus olhos?
Brando a língua em teu nome...
Palpita o coração ao seu toque...
Tenra a alma à sua contemplação...
Acaso, tendes a me possuir?
Revido acima às nuvens...
Verte a mim uma pequena luz.
Pretendes, no instante, partir?
Oh, lhe observo o cair...
Não fostes, outrora, aos céus?
Oh, sim? Linda percebi...
Nasce-me como a uma esperança
Repousas em meus braços como a um querubim...
Nota: Acho uma infâmia o assassinato do trema!!!
Uso-o constantemente em meus escritos... assim como outras variações e palavras que surgem somente em poesias românticas...