BALADA EM CORDEL

BALADA EM CORDEL

Peço licença aos poetas

Pra história que vou contar

Em versos bem nordestinos

Pois coisa melhor não há

Pra enaltecer uma princesa

Distante do Ceará.

Ela tem cabelos louros

E a tez muito branquinha

Ah! meu Deus eu gostaria

Que ela fosse só minha

Mas a sina de caboclo

É sofrer pela vizinha.

Ela é pessoa bem culta

Graduada em medicina

Trata dos loucos com'eu

Que quer mudar sua sina

Mas pobre de mim, coitado

Que a poesia assassina.

Ela fala muitas línguas,

Pessoa de trato fino

Poetisa das melhores

Sou o badalo, ela o sino

Que dá alma à poesia

A seus pés sou um menino.

Sei que estão bem curiosos

Pra saber de quem eu falo

Mas se logo eu disser

O cordel vai para o ralo

Por isto me estendo mais

E lá no fim eu declaro.

Certa vez pedi pra ela

Segurar em minha mão

Poesia bem singela

Mas feita com o coração

Eu estava acabrunhado

Sofrendo como um ladrão.

Doutra feita fiz um conto

De um cavaleiro andante

Que galopava um corcel

Com roupas finas galante

E sorria para ela

De maneira estonteante.

Eu fiz mais versos e trovas

Pra ela se alegrar

Mas ela não estava triste

Eu sim, queria chorar

Com o choro do amor no peito

E no peito o verbo amar.

Deixemos isso de lado

Vamos mais dela falar

Desta princesa mimosa

Como a flor de manacá

Que existe em minha terra

Que é o meu Ceará.

Ela é uma rainha

Com reinado e com coroa

Venturosa como poucos

Está sempre numa boa

Expandindo os seus versos

Que em todo Recanto entoa.

Poetas e poetisas

Que estão bem curiosos

Vou logo dizer o nome

Nestes versos tão gostosos

Ela é Suzana Heemann

Deusa dos pampas famosos.

Já que descobri o nome

Neste tão simples cordel

Vou terminar por aqui

A ela tiro o chapéu

Boa tarde companheiros

A todos desejo o céu.

Antonio \ 22 09 2013 \ 15:20h - Desculpem as falhas, foi improviso.

,

Antonio Tavares de Lima
Enviado por Antonio Tavares de Lima em 22/09/2013
Reeditado em 22/09/2013
Código do texto: T4493080
Classificação de conteúdo: seguro