O canto da vida

Só quem tem as dores e agruras da vida pode canta-la,

Com a alma atolada no desconsolo e desesperança

Pode cantar e entrar na dança dos desiludidos e falidos,

Alma eterna com penas, dores, desencantos, a cantar.

Artista com papeis difíceis de representar os sentimentos,

Alheios a o que vai pela alma da tortura que é reviver tudo,

Quanto mais triste mais machuca e cutuca as feridas abertas,

O tempo nada cura, mas anestesia a consciência sem alma.

Queria cantar, cantar, até não poder mais, gritar e gesticular,

Pelo mundo andei sem rumo cantando minha dor sem fim,

Até não poder mais vou seguir a cantar minhas lagrimas

D’alma sem entender o pranto desta vida de lagrimas eterna.

Será que vale a pena esta sina de canções e cantos sem fim

Onde estará nossa felicidade no canto ou na amargura prófuga

O amor existe tão somente nos meus versos nele há paz

Termino com o final triste e esperado desaparecendo na musica.

02/09/2013

Para Violeta Parra, que Deus em sua infinita bondade receba sua linda alma.