LISBOA DAS SETE COLINAS E DO TEJO

Lisboa das sete colinas, sentinelas do Tejo,

Tens vaidade por seres tão bem defendida,

Das investidas dos veraneantes e turistas

Que profanam teus segredos. Não desistas

Das tuas tradições, do teu rico património,

Tens tudo q’ uma cidade ambicionou ter,

O sol quente e brilhante, a brisa do Tejo,

As ruelas, becos e avenidas, miradouros,

Praças e alamedas, meus grandes amores.

Vivi contigo cinco anos, perdido de ciúmes,

Eras por todos assediada, meus queixumes,

Corria por teu corpo nos carros electricos,

Acariciava os teus monumentos e museus,

Assistia às tuas revistas do Parque Mayer

Divertia-me na tua colorida Feira Popular,

Desfrutava da bem acolhedora, Estufa Fria,

Jogava à bola de trapos no Campo Grande,

Ia ao Castelo de São Jorge p’ra te adorar.

Ainda tens os encantos, dos teus recantos,

Das casas de fado, das tascas e retiros,

Das esplanadas e dos jardins verdejantes,

Mantenho-me enamorado de ti, meu amor,

Só quero que não percas tua luz, tua cor.

Que sejas sempre a Lisboa dos mouros

E dos lusitanos, sem sofreres dissabores

Com maus tratos e prejudiciais danos.

P’ra eu te revisitar e te voltar a beijar.

Ruy Serrano, 23.08.2013, às 01:20 H.

Ruy Serrano
Enviado por Ruy Serrano em 23/08/2013
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