O DESPERTAR DA VIGÍLIA

Ao poema Vigília, da sensível poetisa e grande amiga Xandra.

São vozes os sinos do campanário,

que dolentes saúdam um seresteiro!

Um triste bardo, no lúgubre cenário,

esperando a Musa no mosteiro!

Não são vãs! Antes cânticos de dor,

estas vozes que esperam o teu abraço,

que aguardam que tu chegues qual condor,

a pousar no santuário sacro e lasso.

Não! Não há frase imposta pro teu medo,

nem limite a prender-te além do muro,

nem há sombra a conduzir-te ao degredo...

Somente há luz no mundo do amor puro!

Nelson de Medeiros
Enviado por Nelson de Medeiros em 21/08/2005
Código do texto: T44185
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