O DESPERTAR DA VIGÍLIA
Ao poema Vigília, da sensível poetisa e grande amiga Xandra.
São vozes os sinos do campanário,
que dolentes saúdam um seresteiro!
Um triste bardo, no lúgubre cenário,
esperando a Musa no mosteiro!
Não são vãs! Antes cânticos de dor,
estas vozes que esperam o teu abraço,
que aguardam que tu chegues qual condor,
a pousar no santuário sacro e lasso.
Não! Não há frase imposta pro teu medo,
nem limite a prender-te além do muro,
nem há sombra a conduzir-te ao degredo...
Somente há luz no mundo do amor puro!