ALDEIA TURURUCARI-UKA (A CASA DE TURURUCARI)
Euaracy (sol) quando desperta,
Seus raios vem nos saudar,
Mostrando que o dia começa,
É hora de trabalhar.
A aldeia do povo Kambeba,
Nao é cosntruída em qualquer lugar,
O rio é um fator determinate,
Para se poder habitar,
Imprimindo nesse espaço,
Nossa cara, nosso olhar.
Diz o tuxaua maior,
O Kambeba é povo agricultor,
Não se pode deixar de plantar,
Escolheu São Tomé como protetor,
Para que tivesse boa colheita,
Nesse santo se apegou.
Na aldeia Tururucari-Uka,
As casas representam união,
Ordenanadas em forma de círculo,
Facilitam a comunicação,
Feitas de madeira e palha,
Mantendo a antiga tradição.
A noite yaci (lua) se aproxima,
Chamando o povo para ensinar,
O que os mais velhos deixaram,
Manifestado na forma de cantar,
Nas danças que representam,
A cultura imaterial , nossa herança milenar.
O som do maraká anuncia,
A dança vai começar,
No sopro do meu cariçu,
O som começo a tirar,
Do canto que vem trazer,
O curupira para dançar.
Contam os mais velhos com sabedoria,
Que o Kambeba tem um exemplo a seguir,
De um líder que lutou pelo povo,
Para não os ver sucumbir,
Pelas armas dos may-tini (homem branco),
Tururucari, não deixou a etnia se extinguir.
Hoje, Tururucari representa,
União, força, luta e coragem ,
Não se sabe como ele era,
Mas se faz uma ideia de sua imagem,
Retratado no desenho do indígena Uruma,
Marcando essa nova linhagem.